quinta-feira, 2 de junho de 2011

JORNAL O ESTADO



Reportagem que saiu hj dia 02/06, no jornal O ESTADO feita pela reporter
Naiane Gomes Mesquita  Uma gracinha de pessoa que tive oportunidade de conhecer atraves do face
Junto como fotografo jefferson ravedutti  ótimo profissional tbm
ADOREIIIIIII

Aos 29 anos, Renata Leal
criou blog para mostrar que
é possível vencer a doença


A importância de acreditar
no tratamento e principalmente
na cura é essencial
para a recuperação do
paciente. “É muito importante
acreditar na cura.
O tratamento exige muita
força do paciente e se ele
não acreditar nisso, ninguém
consegue seguir em
frente”, afirma o oncologista,
Atalla Mnayarji.
O tratamento costuma
ser agressivo e o paciente
precisa compreender que a
rotina será muito alterada.
“O tratamento é complexo
e muda completamente a
vida do paciente. A rotina
será alterada. Tem que
acreditar que o processo
de tratamento e cura vão
dar certo, porque caso
contrário, não tem quimioterapia
que resolva”,
ressalta.
De acordo com o oncologista,
os efeitos colaterais
do tratamento, como a
queda de cabelo, são difíceis
para o paciente. “Nós
sabemos que aguentar a internação,
a quimioterapia,
a queda de cabelo e as reações
do corpo como o mal
estar, que são problemas
comuns em pacientes com
câncer não é fácil. Por isso é
essencial pensar sempre na
melhora”, reforça. (NM)


O blog “Mais Forte
que o Câncer” foi
criado em fevereiro
de 2011 e já acumula
21 mil visualizações.
A autora, Renata Leal,
29 anos, é uma paulistana, que
mora há mais de dez anos em
Campo Grande e teve diagnosticado
um câncer no pâncreas
em junho de 2010. O blog serviu
como uma terapia para Renata.
No espaço, a autora conquistou
seguidores de diversas regiões
do país, com textos sobre o cotidiano,
o tratamento e o avanço
sobre a doença.
Chef de cozinha e cantora
nas horas vagas, Renata sentiu
os primeiros sintomas da doença
durante uma viagem para
a Itália. Ela estava no país para
realizar um curso de gastronomia
e lá a paulista começou
a ter dores constantes no abdômen.
“Quando estava no aeroporto
para viajar tive febre,
mas achei que era emocional.
Na Itália, eu piorei, senti dores
na barriga e emagreci muito”,
afirma. Devido a problemas no
visto, Renata voltou ao Brasil e
aproveitou para realizar alguns
exames. “Minha mãe insistiu
muito. Fiz os exames, mas achei
que fosse alguma gastrite nervosa,
estava longe de casa, do
meu filho. Não esperava que
fosse um câncer”, confessa.





Exame apontou 30 tumores pequenos
no pâncreas e uma metástase



O resultado do exame
apontou trinta tumores pequenos
no pâncreas e uma
metástase, ou seja, formação
de uma nova lesão tumoral a
partir de outra, no fígado, coluna
e linfonodos, que integram
o sistema linfático e são importantes
para o funcionamento do
sistema imunológico.
“Eu tinha certeza que ia
morrer. Só conseguia pensar
no meu filho de três anos que
ia ficar sem mãe. Os dois primeiros
meses foram os piores
nesse sentido. Eu tinha uma
revolta muito grande, uma tristeza
fora do comum, não queria
aceitar que minha passagem
nesse mundo seria tão curta”,
relembra.
O tratamento começou em
seguida e foram 12 sessões
de quimioterapia. “Foi quando
eu criei o blog. Primeiro foi
para entrar em contato com
outras pessoas que estavam
passando por isso. Entrei em
sites e depois o blog. Escrevi
as coisas pelas quais eu estava
passando e não imaginava a
repercussão”, confessa.
Em cinco meses, o blog teve
milhares de acessos e ela não
para de receber recados de
todo o país. “São pessoas que
estão passando pela mesma
situação, que já passaram ou
então que conheciam alguém
 
Pelo blog tento
transmitir um pouco
de força, porque sei
que é difícil.
Renata Leal, autora do blog
 
com a doença e que já se foi.
Tento transmitir um pouco de
força, porque sei que é difícil.
Tem gente de São Paulo e até
do exterior”, frisa.
Renata Leal defende que
80% do resultado positivo do
tratamento é acreditar na cura.
“A cabeça é 80% do tratamento.
O que você fala e o que você
pensa. Se você vai afundando,
se acabando, a força para lutar
contra isso diminui. Acho que
influencia diretamente. Tem algumas
pessoas que continuam
revoltadas, que não aceitam e
acho que isso piora a situação”,
defende. (Leia mais no box)
Ela também acredita que
o apoio da família e a fé são
essenciais. “Primeiramente
Deus me fez ter forças. Depois
minha família, minha mãe, meu
marido e até mesmo meu filho,
que tem três anos de idade me
ajudaram muito a acreditar
na recuperação. Não vi minha
mãe derramar uma lágrima
nenhuma vez. Ela acreditava
o tempo todo que eu ia melhorar”,
ressalta.
Queda de cabelo é apontada como
uma das fases mais complicadas
Um dos pontos mais marcantes
do tratamento foi
quando o cabelo começou a
cair. “Eu sei que parece futilidade
e quando os primeiros
fios caíram, eu falava que era
um absurdo eu ficar tão triste.
Mas conversando com outras
pessoas que passaram por
isso eu vejo que essa é uma
das fases mais complicadas. É
muito difícil ver os fios caindo e
ficar careca”, pondera. Apesar
da situação, Renata frisa que
até nesse momento teve o apoio
da família e amigos. “Minha
mãe e amigas cortaram o cabelo
curto, quando eu cortei
também”, lembra referindo-se
ao gesto de carinho.
Um ano depois da descoberta
da doença, Renata voltou
a trabalhar. “Com o tratamento
os tumores diminuíram, muitos
sumiram e agora já posso
voltar a trabalhar. Não posso
dizer que estou curada. Preciso
esperar de três a cinco
anos para afirmar isso. Por enquanto
estou em manutenção.
Mas sei que vai ficar tudo bem,
logo pretendo voltar a cantar
também”, ressalta.
A ideia do blog continua
firme e ela pretende mantê-lo
para ajudar outras pessoas a
superarem o câncer como ela.

SERVIÇO - Acesso ao blog “Mais
Forte que o Câncer” pelo link
www.renataleal2011.blogspot.com/

Um comentário:

  1. ah renatinha como faz bem ler suas mensagens e vendo sua força e amor à vida, nos dá coragem para lutar com tudo que nos faz mal. bjs querida e força que estou contigo.

    ResponderExcluir